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“Ter razão ou ser Feliz”

Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana:

“Ter razão ou ser Feliz”. Por: Padre Paulo M. Ramalho  (*)

Outro dia um amigo me contava que através do seu trabalho de vendedor, um dia tocando a campainha de uma casa bem simples, conheceu um senhor que aproveitava todas as ocasiões para fazer um comentário divertido.

A sua alegria era tão chamativa que este amigo não resistiu em lhe perguntar o que o levava a ser tão bem-humorado. 

De modo aberto e descontraído este homem começou a contar a sua vida, como havia sido educado, como conheceu a sua esposa etc. Chegando no tema do casamento, comentou que passou muitos anos do seu matrimônio numa relação tensa com a sua esposa, em verdadeiro pé de guerra.

Até que um dia caiu em si e pensou que vivia querendo ter razão em tudo e que o ser humano pode tomar duas posturas na vida: “ter razão ou ser feliz”. E diante destas duas posturas, optou por “ser feliz”, sem abrir mão, é claro, de coisas que realmente não se pode abrir mão.

Gostei muito da percepção deste homem! Quantas vezes enveredamos pelo caminho de “ter razão”. Quantas horas são gastas, por exemplo, entre casais e familiares em discussões e mais discussões! Será que não deveríamos assumir a atitude desse senhor, deixando muitas vezes de lado a razão, e optar por sermos felizes?

Há pessoas que são obcecadas em ter razão em tudo! E tornam a convivência muitíssimo difícil!

E a verdade é que há muitíssimas coisas para as quais devemos dizer “tanto faz”:

– tanto faz ser de um jeito ou de outro;
– tanto faz se vamos assistir a um filme ou a outro;
– tanto faz se vamos fazer um passeio em um lugar ou em outro;
– tanto faz se hoje vamos sair de casa ou vamos ficar em casa etc.

Eu diria que há um campo bastante pequeno de coisas das quais não se pode abrir mão. Não se pode abrir mão, por exemplo, de reprimir ações que serão uma ofensa a alguém ou ocasionarão um grave dano a alguém. Não se pode abrir mão de impedir que as pessoas ofendam a nossos pais, e num grau maior ainda, a Deus, a quem devemos tudo. Mas, insisto, esse campo é bastante pequeno. Diria que 90% pertence ao reino do “tanto faz”, do opinável.

Por que é tão difícil abrir mão, assumir que há muitas coisas que “tanto faz”? Porque para que se abra mão de algo, é preciso abrir mão:

– do orgulho,
– do nosso egoísmo,
– dos nossos gostos e interesses.

E isso não é nada fácil. De fato, o orgulho e o egoísmo são inimigos imponentes e geradores de quase todas as guerras humanas. Quase 100% das discussões são geradas pelo orgulho e pelo egoísmo.

Graças a Deus este homem um dia caiu em si e percebeu que estava indo pelo caminho errado. Para que buscar a razão em tudo? Não é por aí. Isso não me faz feliz e isso não faz feliz quem está do meu lado.

Temos que ser pessoa “mais leves”, mas desprendidas da razão acima de tudo, do orgulho, do egoísmo.

Ser feliz é amar e o amar tem muito de simplicidade, de valorizar coisas simples: um sorriso, um olhar, um gesto de carinho etc.

Valorizar a razão no relacionamento é um grande perigo, pois ela pode ser dominada pelo orgulho e pelo egoísmo e, mesmo que não fosse, é valorizar a justiça e o mais importante no relacionamento não é a justiça e sim a caridade. 
 
Qual a postura que estou adotando na minha vida? “Ter razão, ter justiça, deixar-me dominar pelo orgulho, pelo egoísmo” ou “amar, ser feliz”? Deus queira que todos nós percebamos que o melhor caminho é o segundo.

Uma santa semana a todos!

(*) Padre Paulo M. Ramalho
falar.paulo@gmail.com
www.fecomvirtudes.com.br
https://www.facebook.com/FeComVirtudes?ref=hl

(cfr. http://www.fecomvirtudes.com.br/ter-razao-ou-ser-feliz-2/)
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.

 

 

ESCRITORIO CONTABIL LUMA

Contador Lucimar Morais Francisco

Fone: 3623-4782

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