Na subida do Everest existem centenas de corpos de pessoas altamente motivadas
É preciso olhar para um cenário maior para entender o porquê dessa frase ser tão importante
Por: Eden Wiedemann (*)
Percebi que algumas pessoas ficaram chocadas ao ouvir uma frase como essa em um evento que abordava empreendedorismo, tratava-se um bate papo sobre o livro Nasce um empreendedor, Dony De Nuccio e Bob Wollheim — que hoje é o rosto do digital no grupo ABC.
É, convenhamos, olhando assim, isolada, não parece exatamente algo que nos motive, não é verdade? Aliás, motiva, motiva a ficar em sua zona de conforto, afinal a imagem de cadáveres perfeitamente conservados por temperaturas médias de -40º não é exatamente a visão da vitória.
Mas é preciso olhar para um cenário maior para entender o porquê dessa frase ser tão importante. Vou explicar.
Eu sou bem cético quanto a toda essa cultura do novo empreendedor, já escrevi sobre isso antes.
Não sobre o poder ou a importância de empreender mas sim pela forma irresponsável com que temos visto o empreendedorismo ser divulgado como a grande salvação em momentos de crise. Perdeu o emprego? Empreenda, dizem. É como se o empreender fosse uma fórmula infalível para se encontrar o pote de ouro no fim do arco-íris. Oras, se você está motivado vá em frente, você pode ouvir por aí. É? A frase cai como uma luva. Apenas motivação pode levar você a se tornar um White Walker… sem a parte do walker, se me permite a piada ruim.
A frase não devia lhe desestimular a empreender, não é o objetivo. Não, o objetivo é “se vai fazer, faça bem feito, não ache que o simples fato de estar motivado irá lhe fazer vencer”. Não basta a vontade — que muitas vezes vem da extrema necessidade, como no caso de alguém que está desempregado, cheio de contas e que não consegue oportunidade no mercado formal. É preciso se preparar. Conhecer o mercado em que vai atuar, entender o mínimo de gestão, entender onde vai gastar, onde vai ganhar, como vai ganhar e muito mais.
A metáfora é boa, empreender pode ser um desafio tão grande quanto escalar o Everest e ninguém simplesmente decide fazê-lo e faz. Não é algo do tipo “porra, não estou fazendo nada, vou ali escalar a maior montanha existente e escrever meu nome na história”. Ninguém encara um desafio desse desmotivado, lógico, mas, amigo, são 8km de subida enfrentando frio intenso, ar rarefeito e ventos de até 250 km/h.
Para uma empreitada como essa são necessários meses de planejamento, o envolvimento de pessoas com know-how bem específico e ainda o fazem cientes de que podem ser surpreendidos e terminar congelados como mórbidos souvenirs ou soterrados por toneladas de neve e gelo. Não se trata de motivação, para aumentar as chances de vitória é preciso motivação + preparação.
Recomendo o livro para quem está regando a sementinha de empreendedor que existe dentro de si. É um primeiro passo importante para esses três quartos da população que pensa em um dia ser dono de seu próprio negócio. O livro tem uma linguagem bem acessível e dá dicas sobre por onde começar, sobre como se preparar para a montanha-russa emocional e financeira que vai enfrentar, armadilhas a evitar e mais. Para comprar o seu é só clicar AQUI.
Mantenha-se motivado e prepare-se. Ninguém aqui tem vocação pra picolé
(*) Eden Wiedemann é Publicitário, foi diretor de arte e criação no off e migrou pro digital em 2008. Focou em redes e conteúdo encontrando-se como planner. Hoje é uma das cabeças que tocam a Cumbuca, agência integrada que atua em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife e escreve em seu perfil no Medium.
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