Segundo especialistas, a utilização do número tem se tornado comum e é empregada para conferir credibilidade para a abordagem dos criminosos
Alguns criminosos usam o método de pagamento Pix para enganar suas vítimas –
Os fraudadores estão aplicando uma nova estratégia para enganar os consumidores e roubar números de cartões de crédito e tokens de autenticação para operações financeiras: o uso de números 0800.
Segundo especialistas, a utilização do número tem se tornado comum e é empregada para conferir credibilidade para a abordagem dos criminosos.
O golpe é iniciado com mensagens maliciosas via SMS, enviadas por um número curto, ou chamados shorts-codes – uma técnica usada desde agosto do ano passado.
Na verdade, segundo os especialistas da empresa de cibersegurança Kaspersky, trata-se do antigo golpe para roubo do cartão de crédito, mas agora com uma nova roupagem.
Caso a vítima entre em contato usando o 0800 da mensagem falsa, os criminosos solicitarão a confirmação da conta e agência — para roubá-la—, e questionarão se o correntista tem alguma autenticação temporária ativada.
Caso afirmativo, será solicitado o código de ativação para que os criminosos possam concretizar as fraudes. A conversa ainda se prolonga mais um pouco, pois a mensagem SMS falsa avisa sobre uma suposta transação não autorizada.
O criminoso se aproveita disso para informar a vítima que irá cancelar os cartões da conta e pede o número do cartão de crédito. Na simulação feita pela Kaspersky, o falso atendente ainda insistiu para o analista informar o endereço para retirada do cartão “cancelado”, já que o número do cartão não foi informado.
“Não é fácil registrar um número 0800 e os shorts-codes são um canal usado exclusivamente por um seleto grupo de empresas, como bancos, operadoras e grandes lojas. Isto mostra o quanto as fraudes estão refinadas.
Os golpistas pedem dados do cartão, tokens, e dizem que vão cancelar estes cartões, e por fim pede a localização para pegar o cartão. É o golpe da falsa central bancária para coletar cartões válidos”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.
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