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Cuidar dos pais quando doentes

 Por: Pe. Paulo M. Ramalho (*)

 

Olá a todos!

Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “cuidar dos pais quando doentes”.

Dá muita pena quando ouço das pessoas a quem atendo que elas têm um pai ou uma mãe doente e um ou vários irmãos que não fazem a sua parte para cuidar desse pai ou dessa mãe.

Outro dia, por exemplo, uma senhora comentava que mora no estrangeiro e tem que vir ao Brasil com muita frequência para cuidar da sua mãe que está doente, quando tem dois irmãos que moram aqui e não estão lhe prestando a devida assistência. É uma pena que isso possa acontecer.

Quantas brigas ocorrem também entre os irmãos quando é preciso combinar o revezamento de quem ficará com o pai ou com a mãe que está doente e precisa de companhia em casa ou no hospital.

Essas coisas não deveriam acontecer, não é verdade? O que deveria acontecer seria uma disputa entre quem quer cuidar mais, quem quer ficar mais tempo com os pais.

Depois de anos e anos tendo dado a vida por nós, o mínimo que podemos fazer por nossos pais é não medir nenhum esforço nessa hora para cuidar deles. O papa Francisco tem falado com frequência das periferias existenciais, que são os nascituros e os anciãos.

 

Tem falado que hoje há uma cultura que descuida destes extremos da vida: os nascituros e os anciãos. E é nessas duas fases que as pessoas são mais frágeis. Portanto, devem ter toda a nossa atenção, todo o nosso cuidado.

Façamos algumas perguntas:

– tenho dado toda a minha atenção aos meus pais?
– tenho demonstrado reverência e um enorme respeito pelos meus pais, independentemente dos defeitos que tenham ou do que tenham feito por mim no passado?
– procuro crescer a cada dia no amor pelos meus pais?
– percebo que todo sacrifício que faço pelos meus pais será recompensado por Deus nesta vida e na outra?

Um santo dizia uma frase muito bonita: “Que eu seja o último em tudo, mas o primeiro no amor”. Isto é, eu posso ser o pior de todos em dons, em talentos, mas serei o primeiro no amor. Serei aquele que mais ama, aquele que mais sabe se sacrificar pelos outros.

Que ninguém ganhe de nós no amor!!!

Façamos o propósito de desviver-nos pelos nossos pais.

 

Que nenhum irmão possa dizer que estamos sendo egoístas, que só pensamos em nós.

 

É próprio do egoísta fazer cálculos: ficar calculando o tempo que vai gastar, o tempo que vai “perder”. E também o dinheiro que vai gastar, o dinheiro que vai “perder”.

Pensemos nessas ideias e tiremos nossos propósitos.

Uma semana abençoada a todos!!!

Padre Paulo M. Ramalho
falar.paulo@gmail.com
www.fecomvirtudes.com.br
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.

 

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