Na manhã desta quarta-feira (12), um casal foi preso em Sorocaba (SP) suspeito de sonegar R$ 1 bilhão contra o Fisco paulista. Um secretário da cidade também foi detido.
As prisões fazem parte de uma operação de combate a sonegação fiscal, fraude estrutural, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa que foi deflagrada hoje no interior de SP.
Além do casal, a polícia também prendeu o secretário de Recursos Humanos da Prefeitura de Sorocaba (SP), Rodrigo Onofre. Joias e carros de luxo foram apreendidos nas casas dos investigados.
Agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Ministério Público, Secretaria da Fazenda e Procuradoria Geral do Estado foram cumprir 38 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão. 11 pessoas foram presas nesta manhã no estado de São Paulo.
Entre os alvos da “Operação Noteiras” estão empresários, advogados e contadores de empresas e pessoas físicas, em 23 endereços nos municípios de Guarulhos, Sorocaba, Votorantim, Indaiatuba e Pilar do Sul (SP), além de dez mandados em Alagoas.
O casal preso em Sorocaba é apontado como um dos principais alvos da operação. Eles são responsáveis por um complexo de sete empresas às margens da rodovia Raposo Tavares.
Segundo agente fiscal da Secretaria da Fazenda do estado, Eduardo Mendonça, o grupo criava empresas fantasmas em outros estados, neste caso, em Alagoas, e emitiam nota de produtos plásticos, setor de atuação dos investigados. Porém, conforme explica Mendonça, os produtos não existiam e as empresas eram de fachada. Com isso, os suspeitos usavam os créditos do ICMS para abater o saldo devedor do imposto no Estado de São Paulo.
As fraudes ocorreram por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 4 bilhões, segundo os investigadores. O prejuízo para o estado de São Paulo é estimado em R$ 200 milhões.