O que rende e o que deixa de render com a Selic em 5%
- Depois da decisão do Copom de reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, 30, opções como a caderneta de poupança e parte dos fundos DI perderam a capacidade de repor a inflação para o investidor. As demais aplicações de renda fixa também reduziram os prêmios.
No documento divulgado nesta quarta pelo Banco Central, a Selic ficou em 5%, novo piso histório para o indicador. Já a projeção para o IPCA em 2019 foi alterada de 3,3% para 3,4% e, no caso de 2020, a expectativa se manteve em 3,6%.
Confira o que acontece com seus investimentos nessas novas condições:
Aplicações passaram a quase empatar com a inflação
CDB – atenção à oferta de banco médio
Assim como as opções de renda fixa, os CDBs estão em queda livre, acompanhando a Selic. No entanto, títulos vendidos pelos bancos de médio e pequeno portes ainda superam a inflação e ficam na dianteiras entre as opções com garantia do FGC para aportes de até R$ 250 mil.
Poupança – retorno perde para a inflação
Queridinha, o investimento, que rendia 3,85% ao ano recuou para 3,43% – 11 pontos base abaixo da projeção para a inflação, que é de 3,54%, quando se pondera os relatório Focus do BC para 2019 e 2020. A tendência é de piora: o mercado espera nova redução da Selic em dezembro.
LCI e LCA – bom retorno, mas difícil de ver
Imobiliárias e do Agronegócio (LCAs) parece atraente, mas o porcentual de CDI que serve de remuneração para as letras está atrelado ao prazo. Outro ponto: esse é um produto difícil de encontrar no mercado financeiro.
Fundo DI – 41% deles perdem para a inflação
Apesar do movimento recente de algumas empresas que reduziram as taxas dos fundos de renda fixa atrelados ao CDI, ainda há no mercado um volume majoritário de opções que cobram taxas de administração igual ou acima de 0,50% ao ano, perdendo para a inflação.
Tesouro direto – títulos estão em queda livre
O retorno dos três tipos de papel do Tesouro Direto (Selic, IPCA e os prefixados) estão em queda, acompanhando o movimento de cortes da taxa Selic. Os mais indicados são os de longo prazo (mais de 12 meses), atrelados ao índice oficial de inflação, o IPCA.
Ações – bolsa lidera as recomendações
A Selic mais baixa reduz o custo financeiro das empresas, o que anima o mercado por melhora no ambiente de negócios. Esse é um dos porquês das ações liderarem as recomendações dos gestores. Setor, porém, tem forte oscilação e investidor precisa de apetite ao risco.
Fundos Imobiliários – queda nos juros favorece setor
A queda da Selic impulsiona o crédito habitacional, o que faz dos fundos de imóveis uma opção atraente. No ano, o índice com os principais fundos registra alta de 18,14%, 24,36% nos últimos 12 meses, com baixa oscilação. Mercado, contudo, é complexo.
Fundos multimercado – porta de entrada para o risco
Em agosto, os fundos de multimercado (que misturam renda fixa a renda variável no mesmo pote) captaram, líquidos, R$ 6,2 bilhões.
Segundo os especialistas, o resultado é motivado por brasileiros que começam a experimentar um pouco mais de risco
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-que-rende-e-o-que-deixa-de-render-com-a-selic-em-5,70003070164
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